ONG promove feira para adotar 80 cães deixados por mulher que morreu em Santa Maria

Aconteceu neste sábado e domingo, na Praça dos Bombeiros, uma feira promovida pelo Clube Amigos dos Animais para a adoção dos 80 cachorros deixados por uma mulher que morreu no último fim de semana em Santa Maria. A maioria dos cães são de porte pequeno ou médio e tem entre cinco e seis anos. Os voluntários do clube deram banho, desverminaram e castraram os 21 animais que estavam disponíveis para adoção neste final de semana.

Para que os interessados possam levar os cachorros para casa, o clube faz uma série de exigências, entre elas, a de que o pátio onde o cão irá ficar seja fechado e espaçoso.

Nós verificamos as condições de bem-estar. Todos assinam um documento de adoção responsável e depois fazemos visitas no local para verificar se os animais estão sendo bem tratados afirma a diretora do clube, Marlene Nascimento.

No começo da tarde deste sábado, cerca de 300 quilos de ração já haviam sido recolhidos. Produtos de limpeza e ração também podem ser doados.

A intenção do Clube Amigos dos Animais é fazer outras feiras, nos Dias da Adoção Solidária, que acontecem no segundo domingo de cada mês.

As pessoas têm nos ajudado muito, mas acredito que ainda vamos demorar cerca de um ano para resolver totalmente o problema destes cães. Alguns são muito agressivos, porque não eram bem cuidados, e vamos precisar trabalhar com eles, até que fiquem prontos para deixar a casa garante Marlene.

De oitenta animais, apenas sete foram adotados

Comovida com a história de Dorilda e seus 80 animais, que ficaram sem a sua dona, Sirlei Aparecida Marques Hahn, 49 anos, foi até a Praça dos Bombeiros no fim de semana. Ela adotou a pequena Sininho:

Ela ainda está com bastante medo, mas aos poucos ela se acostuma com as outras duas cachorrinhas.

Novo lar: Sininho, um dos 80 animais de idosa que morreu, foi adotada por Sirlei Hahn (Foto: Ronald Mendes / Agência RBS)

No sábado, sete animais, que pertenciam à idosa, foram adotados na feira promovida pelo Clube Amigos dos Animais.

Perto da comoção do caso, o número de adotantes foi baixo. No meio do processo da entrevista e das visitas às casas é que conseguimos ver se a pessoa tem realmente condições de proporcionar o bem-estar ao animal. De cada dez, oito não conseguem ser adotados em função disso afirma a veterinária Marlene Nascimento.